Tatiana Sabadini
Publicação: 25/10/2010
Fonte: Correio Brasiliense
A medula espinhal é a grande condutora de impulsos nervosos e motores entre o cérebro e o resto do corpo. Quando ela sofre alguma lesão, a comunicação se interrompe. Os braços e as pernas não mais respondem e a pessoa fica paralisada. Para tentar interligar o sistema novamente, os cientistas apostam no poder das células-tronco adultas. Em Salvador (BA), 20 brasileiros se preparam para passar por um tratamento — com resultados promissores em laboratório. As células serão retiradas dos próprios voluntários, multiplicadas e inseridas na área lesionada. A ideia não é curar, mas trazer mais qualidade de vida e maior mobilidade para paraplégicos e tetraplégicos.
A pesquisa, realizada no Hospital São Rafael, em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), começou há cinco anos. Na fase experimental, o tratamento foi feito em cães e gatos paraplégicos, que sofreram traumas por conta de acidentes. “Fizemos a cultura das células-tronco desses animais e depois as colocamos na lesão. Com uma cirurgia, instalamos o material na cicatriz fibrosa e tivemos um bom efeito”, explica Ricardo Ribeiro, imunologista, especialista em terapia celular e coordenador da pesquisa.
Durante o estudo com animais, os resultados mostraram uma melhora no controle das funções fisiológicas urinárias e intestinais. Eles também esboçaram uma maior mobilidade nos movimentos, mas como é muito difícil aplicar atividades de fisioterapia nos bichos, elas não se desenvolveram, de acordo com o pesquisador. “Acreditamos que a parte de reabilitação depois da implementação das células vai ser um fator fundamental para a eficácia do tratamento. Não adianta nada ligar o fio, se não trabalharmos o músculo”, comenta Ribeiro.
Para participar da pesquisa foram escolhidas 20 pessoas com paraplegia, com pelo menos seis meses e no máximo dois anos de trauma, que não tiveram corte completo da coluna e foram lesionados em acidentes de carro ou em piscinas. A ideia dos pesquisadores, nessa primeira fase, foi padronizar o grupo para analisar melhor os resultados. “Não começamos pelos casos mais graves, para tentar avaliar essas chances de recuperação desde o começo”, diz o coordenador do projeto.
A paraplegia acontece quando a lesão na medula espinhal é na coluna torácica e tem como consequência a perda do movimento dos membros inferiores. Quando o problema acontece na cervical, determina uma tetraplegia, com a perda da sensibilidade dos membros inferiores e superiores. “No tetraplégico, a lesão é muito alta e mais complexa. Por isso, nessa nova fase vamos evitar a complexidade e pegar os casos um pouco mais simples. Dependendo do tipo de melhora e conforme o tratamento evoluir, vamos ampliar para outros pacientes”, conta.
Desafio
Quando a medula sofre um trauma, o tratamento é primeiro emergencial e depois de intensa fisioterapia. Para Alexandre Fogaça, médico do Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), o grande desafio da ciência é encontrar uma alternativa para não só melhorar, mas para curar a lesão. “A comunicação entre o cérebro e o corpo é cortada. Atualmente, a primeira solução quando isso acontece é descomprimir a coluna. Depois, colocamos uma placa de metal para o indivíduo voltar a ter um certo equilíbrio. Mas podemos dizer que a lesão não tem tratamento. Nos últimos anos, estamos buscando um que seja eficaz”, comenta o ortopedista.
Há cinco anos, o Hospital das Clínicas realizou um estudo similar com células-tronco adultas. Trinta pacientes participaram da pesquisa: 66% deles voltaram a registrar um impulso nervoso na medula espinhal. Eles apresentaram uma melhora na mobilidade, mas não na força. “Os pacientes tinham mais de dois anos de lesão e acreditamos que isso tenha influenciado. Uma fisioterapia complementar talvez tivesse sido necessária. É preciso analisar bem esses dados. No momento, estamos planejando outros trabalhos desse tipo”, revela Fogaça.
A pesquisa em Salvador começou a ser colocada em prática no início de setembro, quando quatro voluntários tiveram células-tronco retiradas da medula da bacia. Logo em seguida, elas foram levadas para cultivo no laboratório — onde permanecem de duas a três semanas. “Geralmente, a concentração de células é pequena para realizar o tratamento, por isso colocamos enzimas para aumentar a proliferação, de 1% para 99%. É um trabalho muito minucioso, feito com muito cuidado para controlar o processo, porque as células podem facilmente se transformar em tumorais. São horas de observação”, explica Ribeiro.
A segunda fase é injetar as células-tronco no local da lesão, por meio de uma cirurgia. A cicatriz do paciente é aberta e o material é injetado no local da lesão. “Acreditamos no potencial das células, porque elas podem ter a capacidade de formar novos nervos ou de produzir fatores para estimular um aumento de crescimento das fibras nervosas necessárias para tratar o trauma”, explica Ribeiro.
Os pesquisadores esperam que os resultados possam ser percebidos nos primeiros dois meses depois da aplicação. Uma equipe multidisciplinar se prepara para acompanhar todo o processo. “É claro que não queremos transformar os pacientes em atletas ou maratonistas, mas esperamos que eles tenham uma melhor qualidade de vida, principalmente no controle dos esfíncteres uretral e anal”, diz o imunologista. O tratamento deve continuar com fisioterapia intensiva, e os voluntários vão ser acompanhados durante dois anos, período necessário para que se chegue a alguma conclusão científica.
A pesquisa, realizada no Hospital São Rafael, em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), começou há cinco anos. Na fase experimental, o tratamento foi feito em cães e gatos paraplégicos, que sofreram traumas por conta de acidentes. “Fizemos a cultura das células-tronco desses animais e depois as colocamos na lesão. Com uma cirurgia, instalamos o material na cicatriz fibrosa e tivemos um bom efeito”, explica Ricardo Ribeiro, imunologista, especialista em terapia celular e coordenador da pesquisa.
Durante o estudo com animais, os resultados mostraram uma melhora no controle das funções fisiológicas urinárias e intestinais. Eles também esboçaram uma maior mobilidade nos movimentos, mas como é muito difícil aplicar atividades de fisioterapia nos bichos, elas não se desenvolveram, de acordo com o pesquisador. “Acreditamos que a parte de reabilitação depois da implementação das células vai ser um fator fundamental para a eficácia do tratamento. Não adianta nada ligar o fio, se não trabalharmos o músculo”, comenta Ribeiro.
Para participar da pesquisa foram escolhidas 20 pessoas com paraplegia, com pelo menos seis meses e no máximo dois anos de trauma, que não tiveram corte completo da coluna e foram lesionados em acidentes de carro ou em piscinas. A ideia dos pesquisadores, nessa primeira fase, foi padronizar o grupo para analisar melhor os resultados. “Não começamos pelos casos mais graves, para tentar avaliar essas chances de recuperação desde o começo”, diz o coordenador do projeto.
A paraplegia acontece quando a lesão na medula espinhal é na coluna torácica e tem como consequência a perda do movimento dos membros inferiores. Quando o problema acontece na cervical, determina uma tetraplegia, com a perda da sensibilidade dos membros inferiores e superiores. “No tetraplégico, a lesão é muito alta e mais complexa. Por isso, nessa nova fase vamos evitar a complexidade e pegar os casos um pouco mais simples. Dependendo do tipo de melhora e conforme o tratamento evoluir, vamos ampliar para outros pacientes”, conta.
Desafio
Quando a medula sofre um trauma, o tratamento é primeiro emergencial e depois de intensa fisioterapia. Para Alexandre Fogaça, médico do Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), o grande desafio da ciência é encontrar uma alternativa para não só melhorar, mas para curar a lesão. “A comunicação entre o cérebro e o corpo é cortada. Atualmente, a primeira solução quando isso acontece é descomprimir a coluna. Depois, colocamos uma placa de metal para o indivíduo voltar a ter um certo equilíbrio. Mas podemos dizer que a lesão não tem tratamento. Nos últimos anos, estamos buscando um que seja eficaz”, comenta o ortopedista.
Há cinco anos, o Hospital das Clínicas realizou um estudo similar com células-tronco adultas. Trinta pacientes participaram da pesquisa: 66% deles voltaram a registrar um impulso nervoso na medula espinhal. Eles apresentaram uma melhora na mobilidade, mas não na força. “Os pacientes tinham mais de dois anos de lesão e acreditamos que isso tenha influenciado. Uma fisioterapia complementar talvez tivesse sido necessária. É preciso analisar bem esses dados. No momento, estamos planejando outros trabalhos desse tipo”, revela Fogaça.
A pesquisa em Salvador começou a ser colocada em prática no início de setembro, quando quatro voluntários tiveram células-tronco retiradas da medula da bacia. Logo em seguida, elas foram levadas para cultivo no laboratório — onde permanecem de duas a três semanas. “Geralmente, a concentração de células é pequena para realizar o tratamento, por isso colocamos enzimas para aumentar a proliferação, de 1% para 99%. É um trabalho muito minucioso, feito com muito cuidado para controlar o processo, porque as células podem facilmente se transformar em tumorais. São horas de observação”, explica Ribeiro.
A segunda fase é injetar as células-tronco no local da lesão, por meio de uma cirurgia. A cicatriz do paciente é aberta e o material é injetado no local da lesão. “Acreditamos no potencial das células, porque elas podem ter a capacidade de formar novos nervos ou de produzir fatores para estimular um aumento de crescimento das fibras nervosas necessárias para tratar o trauma”, explica Ribeiro.
Os pesquisadores esperam que os resultados possam ser percebidos nos primeiros dois meses depois da aplicação. Uma equipe multidisciplinar se prepara para acompanhar todo o processo. “É claro que não queremos transformar os pacientes em atletas ou maratonistas, mas esperamos que eles tenham uma melhor qualidade de vida, principalmente no controle dos esfíncteres uretral e anal”, diz o imunologista. O tratamento deve continuar com fisioterapia intensiva, e os voluntários vão ser acompanhados durante dois anos, período necessário para que se chegue a alguma conclusão científica.
eu fico cada vez mais animado com estas pesquisas , e espero que deus esteja no controle para nos ajudar pois eu tbm sou parapregico e preciso e estou a disposição de vcs pode me ligar que estarei a disposiçoes 6198258882
ResponderExcluirOlá. Depois de varios exames que minha mae fez,os medicos nao fexaram o diagnostico dela.. só deixou claro que pode ser esclerose lateral amiotrofica. vai fazer quase 1 ano que minha mae se encontra com sintomas da doença. Hoje,Ela nao pode mais andar,nao pode se alimentar sozinha,nao consegue ir ao banheiro e praticamente nao consegue fazer nada.depende 100% de nossa ajuda! o que vem piorando muito é a voz dela.. se encontra com muita dificuldades em falar.
ResponderExcluirGostaria de saber se fazem tratamento com celulas tronco em pacientes com esclerose lateral amiotrofica?? ou se tem algum teste ou experiências que minha mae pode estar participando.. Ela esta disposta a qualquer coisa para ter melhoras.
entre em contato.... mayconvaz@hotmail.com
Muito obrigado e estarei no aguardo.
ola eu sofri um acidente de trabalho e fiquei paraplegico ja tem um ano e sete meses foi no dia 05 de outubro de 2009 e gostaria de saber a resposta da minha resonancia magnetica da coluna dorsal tecnica do exame: exame realizado em aparelho de resonancia magnetica de alto campo(1,5T), com obtençao de imagens nas seguintes sequencias:sequencia multiplanares em T1 E T2, antes e apos da infusao do meio de contraste em dovenoso.
ResponderExcluirANALISE:
fratura com impactaçao dos corpos vertebarais de D3 e D4, com destruiçao de seus platôs vertebrais apostos, bem como dos disco intervertebral correspondente.
nota-se ainda o escorregamento anterior e para a direita de D4 em relaçao a D3 com reduçao da amplitude do canal vertebral.
sinais de reseçao de elementos posteriores de D2 e D3. reduçao volumetrica com inregularidade dos contornos e alteraçao de sinal da medula dorsal, que se estende de D2 a D5, representando alteraçao sequelar (mielomalacia).
extensa coleçao liquida com realca periferico e regular,de permeio a musculatura dorsal posterior e ao subcutaneo, se estendendo desde C6 ate o nivel de D7 infiltrando os planos musculo-adiposos adijacentes nota-se importante realce adjacente a esta coleçao, bem como no espaço epidural notadamente no nivel da fretura de D3-D4.
trajetos de parafusos metalicos nos corps[os vertebrais D2 e D5.
CONCLUSAO:
fratura com impactaçao dos corpos vertebrais de D3 e D4 com consequente anteroliste.
extensa mielomalacia dorsal se estendo de D2 a D5, provavelmente relacionando a trauma previo extensa coleçao liquida de permeio aos planos musculares e subcutaneo da regiao
cervico-dorsal, se estendento de C6 ate o nivel de D7, de aspecto inespecifico, podendo representar coleçao inflamatoria caso haja contexto clinico pertinente.
observaçao: os pinos romperam e era para reajustar mais graças a deus a vertebra fraturada recontituiu e nao foi preciso usar pinos.
e estou qa disposiçao de voces qualquer coisa me ligue: cel:(66) 9209 8603 tel: (66) 3405 6822
vanderlei inacio da silva barra do garças
mato grosso ou no email:vanderlei-bg@hotmail.com
muito obrigado pela a atençao.
como faco para ser voluntario, sou paraplegico e estou muito interessado.
ResponderExcluircanal.marcelo@gmail.com
Sou paraplegico, a 3 anos fui vítima de disparos de arma de fogo porque reagi a um roubo, segundo meu medico minha coluna está em tatica, e indica que a lesão medular é incompleta entre c5 e c6 prognóstico favorável e não tive fratura. se vc pode me ajudar entre em contato comigo me dando informação onde faço a inscrição pois estou muito interessado em ser voluntario. (083)8122-4833 ou (083)8704-7337 falar com ANDRE RAMOS and_rids@hotmail.com / andrewramos.rock@gmail.com
ResponderExcluir/andrewramos@R7.com
Ola, gostaria de saber como faço para poder fazer o tratamento com a células-troco , sou cadeirante a 10 anos e ate hj nao descobri o problema que me deixou na cadeira....
ResponderExcluirAguardo Resposta
no Mais Obrigado
Elias
elias_l_gomes@hotmail.com
sofrir acidente de altomovel en maio de 2009 gostaia de ser volontario orgente estou disposto a tudo a lezao foi na t 12 e l 1 . wilson almeida nunes lambari@hotmail.com
ResponderExcluirMeu irmão é Anselmo Lageano Neckel, mora na cidade de Campo Bom RS, meu telefone é ( 51 ) 97218056
ResponderExcluirNasci em 28 de Maio de 1974,,
Atualmente me encontro em uma cadeira de rodas devido a um acidente que sofri quando cai de uma altura de 3 metros, no dia 19 de Dezembro de 2008, onde machuquei a vertebra 7 e 8 e tive lesão parcial, foi feito cirurgia 3 dias apos o acidente, desde então luto para caminhar mas minhas pernas não se firmam, minha bexiga voltou ao normal,intestino também, tenho total sensibilidade só não consigo firmeza nas pernas. Faço fisioterapia hidro, tudo para ajudar mas o tempo está passando e não consigo firmeza para caminhar. Por isso peço ajuda de vcs, se puderem me avaliar e verem que eu tenho uma esperança vou agradecer pelo resto da vida.
Por favor me derem esta chance.
Desde já agradeco - aguardo retorno.
Att. Anselmo Lageano Neckel;
Tenho um amigo que se chama Adilson Sreanck, nasceu em 14\o5\1982, trabalhava como motoboy, e sofreu acidente de trabalho machucou a T7 e T8 a 3 anos, e está na cadeira de rodas.Seu telefone é (51)98519942 mora em Campo Bom RS.
ResponderExcluirGostaria de ser voluntario nas pesquisas das celulas tronco.
como faço para entrar em contato com o hospital que faz transplante de céluas tronco, e para eu pagar como faço para saber do procedimento.Me deixem por favor o telefone de contato e com quem posso falar sobre isso.
ResponderExcluirObrigada,
Romilda