O sangue contido no cordão umbilical, durante a gravidez, tem a função de levar oxigênio e nutrientes essenciais da mãe para o bebê. Há alguns anos, esse sangue era totalmente descartado. Hoje, no entanto, inúmeras pesquisas em andamento buscam identificar como as células-tronco, presentes no sangue do cordão umbilical, podem ajudar a salvar vidas.
Segundo a Fundação Parent’s Guide to Cord Blood, as células-tronco já são utilizadas para o tratamento de 79 tipos de doenças, sendo que, destas, 36 enfermidades já se encontram em fase de aplicação em voluntários humanos. Dentre as principais, para as quais as células-tronco tem se mostrado benéficas, estão a leucemia, talessemia e linfomas. Além disso, muitas doenças estão em estudo, como diabetes tipo 1, doenças neurológicas e, até mesmo, a cura da aids.
De acordo com o hematologista e diretor técnico da Criogênesis, Nelson Tatsui, esses dados mostram o porquê de muitas famílias buscarem ajuda para armazenar as células-tronco do cordão umbilical de seus filhos recém-nascidos, a fim de não precisarem recorrer a alguém que possa doar células caso, algum dia, venham precisar. “O acesso à informação sobre o procedimento, as vantagens e os preços mais acessíveis são prerrogativas que têm feito com que as famílias optem pelo armazenamento privado das células-tronco, a fim de serem utilizadas pelos próprios filhos”, explica.
Armazenadas
Ainda segundo o especialista, as células-tronco do cordão umbilical são células adultas e livres de impurezas, o que garante ainda mais eficiência em seu uso na área terapêutica. “As células, após a coleta, são avaliadas e armazenadas, podendo ficar congeladas por tempo indeterminado sem que haja a perda de suas propriedades terapêuticas. Para se ter uma ideia, existem bolsas de sangue de cordão congeladas há mais de 20 anos”, ressalta o hematologista.
O armazenamento das células-tronco pode também beneficiar parentes próximos, principalmente irmãos. Com as células criopreservadas, há garantia de rapidez no tratamento e não há riscos de rejeição após o transplante, caso elas sejam do próprio doador.
Fonte: DM
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