segunda-feira, 21 de junho de 2010

As festejadas vitórias das duas meninas que batalham pela vida



As festejadas vitórias das duas meninas que batalham pela vida

Sinais de melhora após tratamento com células-tronco começam a aparecer.

Moacir Fritzen/ Da Redação

Novo Hamburgo - É de pequenas batalhas que se ganha a guerra. Aos poucos, Olívia Marques de Souza Pierotto Alves, 3 anos, a Olivinha, e Fernanda Rossoni Vargas, 8, a Fernandinha, mostram avanços após o tratamento com células-tronco realizado entre novembro e dezembro do ano passado, na China.

Cerca de cinco meses depois, os pais já vislumbram progressos. São sinais que para desconhecidos podem passar até desapercebidos, mas para os familiares que acompanham a luta contra a paralisia cerebral representam vitórias significantes. Um olhar, um movimento da mão, mexer a língua, a percepção de movimentos, são motivos de alegria. As histórias de dor que antes tinham em comum, aos poucos viram momentos de pura felicidade. E são essas conquistas que ajudam a amenizar a perda da mãe de Fernandinha, que morreu no último dia 3 de março, vítima de leucemia.

Olivinha melhora a comunicação

O pai Marcio Pierotto Alves, 28 anos, comemora o fato de poder tirar a sonda da filha. Olivinha teve melhora gradativa da capacidade de deglutição. "Antes, nós colocávamos a papinha e massageávamos o pescoço dela para que descesse. Agora, ela já percebe que tem algo na língua e começa a mexer a boca. Ela já consegue engolir", comemora. Olivinha teve a sonda retirada recentemente. A menina também teve progressos cognitivos, consegue perceber melhor os movimentos e os sons ao seu redor. De forma gradativa, a comunicação começa a ser mais perceptível. "Só no tipo de choro dela, já conseguimos definir qual a sua necessidade.", explica Alves. A irmã Luisa Marques de Souza, 8, também acompanha o dia a dia de Olivinha.

SAIBA MAIS

Olivinha e Fernandinha foram vítimas de acidentes em piscinas e ficaram com sequelas

Graças a várias ações realizadas para arrecadar fundos, Olivinha e Fernandinha conseguiram realizar um tratamento em Qingdao, na China, onde ficaram 40 dias.
Cada uma recebeu oito aplicações de células-tronco em intervalos de cinco dias.
As despesas continuam altas com medicação, alimentação especial e o acompanhamento dos profissionais da área da saúde.

Futuramente, o pai de Olivinha planeja retomar a campanha para arrecadação de fundos, mas com outras ações.

A prestação de contas da campanha e informações sobre o tratamento de Olivinha podem ser conferidas no site www.olivinha.com.br

Fernandinha sorri e adora passear

A avó e dona de casa Irma Dalasanta, 55 anos, é só emoção ao falar sobre o estado da neta Fernandinha, a Nanda, como ela gosta de chamar. "À noite, se mexe mais na cama. Ela sorri bastante. Está com a cabeça mais firme e se alimenta muito bem", conta. A menina adora passear, percebe melhor o que se passa ao seu redor e já consegue pronunciar algumas letras. As sessões de fisioterapia são uma diversão para Fernandinha. Ela agora segura os brinquedos por mais tempo. O carinho da família é retribuído com gestos. Recentemente, a menina foi ao dentista e demonstrou ter adorado a visita ao consultório. Ela responde bem aos estímulos e tem uma afeição muito grande com a irmã.

Melhoras aceleradas

A opinião de que o tratamento com células-tronco foi benéfico é unânime entre os familiares de Olivinha e Fernandinha. A fisioterapeuta Letícia Ruchinsque Martins, 35 anos, concorda. "Não que elas não estivessem evoluindo antes, mas agora os avanços estão acelerados", reforça. De acordo com Letícia, que acompanha a recuperação das duas meninas, os casos são diferentes. "Temos que ter sempre a noção de que a Fernandinha já enfrenta a paralisia cerebral há mais tempo, então consegue progressos mais significativos. A Olivinha ainda vai passar por isso", comenta. Ao mesmo tempo que cuidam de uma, os parentes estão informados sobre o estado da outra.

São unidas pelo drama

As duas meninas unidas por dramas semelhantes seguem praticamente os mesmos passos na recuperação. Ambas são acompanhadas por fonoaudióloga, fisioterapeuta e quiropraxista. As ações realizadas em conjunto com a finalidade de arrecadar fundos para a viagem e o tratamento fez com que um elo entre as duas famílias fosse criado.

Fonte: Jornal NH

Comunidade no Orkut: Olivinha e Fernandinha


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