Os veterinários Fernando Rodrigues, Michele Andrade Barros e Armando Frasson, na Clínica Veterinária Frasson, cuidam do animal (Foto: Antonio Trivolin/Gazeta de Piracicaba)
A veterinária Michele aplica as células-tronco, auxiliada por Fernando Rodrigues e Armando Frasson
(Foto: Antonio Trivolin/Gazeta de Piracicaba)
Cão arrastado é operado e recebe células-tronco
O rottweiller que foi arrastado por uma camionete passou por cirurgia na quinta-feira (03/11/2011) e recebeu células-tronco para acelerar a recomposição óssea.
Foi o próprio dono do rottweiler que o arrastou por alguns quarteirões na quarta-feira (2) no bairro Alto. Ele prestou depoimento ontem, no 2° Distrito Policial e foi liberado pelo delegado Wilson Sabino da Silva, que vai continuar as investigações. O cão passou por cirurgia, teve a pata dianteira direita reconstituída e recebeu células-tronco para acelerar a recomposição óssea. (leia nessa página).
Claudio Cesar Messias, 49, disse que não viu que estava arrastando o cachorro. “Coloquei ele na caçamba da camionete na oficina e vim dar uma volta com ele no Centro. Não vi que ele tinha pulado da caçamba. Foi um motoqueiro que fez sinal e me avisou que eu tinha atropelado um cachorro. Parei e vi que era o meu. Deu um pânico porque achei que ele estava morto, estava todo ensanguentado. Soltei a corda e fui embora”, afirmou.
O mecânico afirmou que não deu ré para passar por cima do cachorro. “Tinha o cão há oito anos e jamais faria isso, foi uma fatalidade e uma falha minha ter deixado ele, mas achei que ele estava morto”, reafirmou.
Ele contou que não tinha mais ninguém na rua, apenas o motoqueiro que o fez parar o carro.
Messias negou que estivesse alcoolizado e que não tem ideia onde o cão caiu do veículo, porque saiu com o cachorro na caçamba do bairro Areão, onde fica a sua oficina. “Não sabia que ele estava vivo e que o fato tinha toda essa repercussão. Agora vou procurar saber sobre a cirurgia, se ele está bem”.
Bravo
O rottweiler é um cão de guarda e bravo, segundo seu dono. “Ele fica preso durante o dia e solto à noite, para tomar conta da oficina. Tenho ele há oito anos e não há maus-tratos, nada disso”.
Depoimento
O delegado do 2° DP, contou que ao receber o boletim de ocorrência do plantão, solicitou que investigadores fossem até o proprietário do veículo, que também era o dono do cachorro. “Ele não foi preso e acompanhou os investigadores para prestar esclarecimento. Contou que era proprietário da oficina, que o cão era guarda do local e que tinha o costume de passear com o cão na caçamba do veículo. Amarrou uma ponta da corda na coleira do cão e outra na caçamba e saiu por volta das 15 horas”.
O delegado fará perícia na picape e na corda. Vai ouvir a partir de hoje as testemunhas que registraram o boletim de ocorrência no plantão e os veterinários que atenderam o animal para elaborar um Termo Circunstanciado, que será encaminhado ao juiz criminal e depois ao Ministério Público. Se for considerado culpado pelo crime, Messias pode pegar pena de três meses há um ano de prisão e multa, conforme o delegado.
Fonte: RAC
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